O Seminário faz parte do Projeto
Mobilidade
Urbana - Programa Calçada Acessível.
Urbana - Programa Calçada Acessível.
A Representação Regional da FIRJAN na
Baixada Fluminense e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP),
promoveram na sexta feira, dia 24 de Agosto, o III Seminário de Calçadas
Acessíveis, evento de apresentação das cartilhas de calçadas do Projeto
Mobilidade Urbana – Programa Calçada Acessível, elaboradas pelos municípios de
Nova Iguaçu, Paracambi, Mangaratiba, Mesquita, Nilópolis, Queimados, Seropédica
e Japeri.
As cartilhas têm propostas e soluções
para a padronização de calçadas e passeios públicos e diretrizes para garantir
melhores condições de acesso e locomoção para todos os cidadãos, principalmente
para os idosos e as pessoas com deficiência física ou problemas de mobilidade.
Mais de 70 convidados compareceram ao
evento, as Secretárias Sueli Barquette (Fazenda), Miriam Urbano (Controle Interno)
e Patrícia Abdalla (Obras) e alguns membros da equipe participaram de palestras
sobre soluções para cidades, capacitação de mão de obra, financiamento para
investimentos públicos e estudo de casos de sucesso em urbanismo.
Em seguida representantes das Prefeituras apresentaram as suas cartilhas,
falaram sobre o processo de elaboração e discutiram soluções.
O projeto começou em agosto de 2010
com reuniões para apresentar os objetivos do programa aos prefeitos das cidades
e secretários das principais pastas como Obras, Cidadania, Transporte, Saúde,
Educação e Meio Ambiente.
Em uma segunda etapa foi realizado um
workshop de capacitação técnica em todas as prefeituras, com aulas teóricas e
encontros de sensibilização, como explica o arquiteto da ABCP responsável pelo
projeto, Luiz Gustavo Guimarães. ”Eles se colocaram em uma situação de
desvantagem, porque o deficiente está numa situação de desvantagem permanente.
Eles andaram de cadeira de rodas, para simular a paraplegia e caminharam usando
vendas para simular uma deficiência visual total. Fizemos um percurso
pré-programado com instruções para que eles caminhassem por conta própria, de
preferência em uma obra que eles tenham feito recentemente com o conceito de
acessibilidade”. E a sensibilização surtiu efeito. “A experiência de sentir a
cidade como uma pessoa com deficiência é algo que jamais sairá das mentes dos
nossos técnicos.
Workshop de capacitação técnica realizado em nossas calçadas antes das obras |
O passo seguinte será transformar o
cumprimento das regras para construção de calçadas em Lei Municipal, o que já é
realidade em Nilópolis, que foi o único município participante a cumprir todas
as etapas do projeto, inclusive a criação da Lei Nº 6.359/12 que dispõe sobre
as calçadas.
A Secretária de Obras Patrícia Abdalla apresenta o projeto de urbanização da Avenida Mirandela |
As prefeituras já estão utilizando as
diretrizes da cartilha em obras nos municípios, como a revitalização da Avenida
Mirandela em Nilópolis, que teve o projeto apresentado durante o Seminário pela
Secretária de Obras, Patrícia Abdalla. “A idéia é fazer um shopping a céu
aberto, acessível, bem pavimentado e com conforto térmico. Já estamos pondo em
prática o que esta sendo apresentado aqui. Em Nilópolis havia obras em
andamento e corremos atrás para deixar esses projetos adequados” disse a
secretária que recebeu a aprovação do arquiteto Luiz Gustavo da ABCP, “As
calçadas da Mirandela já estão totalmente de acordo com a Cartilha”.
Ao fim do Seminário, para marcar a
participação no Programa Luciana Moreira assessora da Secretaria de Cidadania e
Direitos Humanos recebeu um troféu representando a Prefeitura de Nilópolis como
destaque na elaboração da Cartilha Técnica.
Luciana Moreira (Sec. Cidadania e Dir. Humanos) recebe o Troféu representando a Prefeitura de Nilópolis |
As próximas ações do Projeto
Mobilidade Urbana – Programa Calçada Acessível já estão programadas,
como conta Marcelo Kaiuca, Vice-presidente do conselho Regional da FIRJAN e
coordenador do Projeto Mobilidade Urbana. “O objetivo é implantar esse projeto
em 92 municípios do estado. A partir do ano que vem vamos trabalhar junto a
Regional Baixada II da FIRJAN (Paty do Alferes, Miguel Pereira, Duque de
Caxias, Belford Roxo, Magé, Guapimirim e São João de Meriti) pra cobrir toda a
baixada. Depois vamos partir para outras regiões. E o projeto, pioneiro em seu
formato, pode ser exportado para todo o Brasil. “Nós da ABCP queremos
‘empacotar’ o programa, desenvolver uma metodologia explicando cada fase de
forma que possa ser implementado em qualquer prefeitura do Brasil” conclui Luiz
Gustavo Guimarães.
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